A família como primeiro passo para a educação
A Educação dentro do contexto familiar é de suma importância para formação psicossocial do ser humano enquanto pessoa inserida em sociedade, dentro desse processo, a criança descobre o mundo de diferentes formas dependendo de como ela vai ser estimulada dentro deste processo, segundo Piaget (1896-1980), afirmava que o desenvolvimento do individuo inicia-se no período intra - uterino.
Vale ressaltar a importância da comunicação entre a mãe o feto, esse forte vínculo pode proporcionar a criança um desenvolvimento saudável, principalmente quando essa relação é de afeto acompanhado de um ambiente harmonioso, livre de qualquer ato que possa violar seus direitos, como pessoa e cidadã, de uma sociedade que tem o dever de amparar e assegurar de acordo com a ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente.
A família tem o papel primordial no processo de formação da criança, é a partir daí que esta tem a noção de respeito, aprende a discernir o certo do errado e regras, padrões de comportamento da sociedade podendo intervir no desenvolvimento moral, psicológico e de aprendizagem.
Quando a criança é estimulada a compreender a importância do respeito, de sentir acolhido, valorizado como pessoa, dentro do seio familiar, ela não terá dificuldades nas relações interpessoais dentro de qualquer contexto. Já ao contrário, quando o ambiente familiar é conflituoso acarretado de violência (violência domestica contra criança e mulher, abuso sexual, uso drogas etc.),conseqüentemente acarretará na criança sérios prejuízos psicossociais como problemas de baixa estima, agressividade, dificuldade de aprendizagem e de relações interpessoais e ate mesmo comportamentos futuros copiados no qual vivenciado quando criança.
A importância da família no processo de educar é fundamental na formação moral, psicológica e intelectual da criança, é no contexto familiar que ocorre o primeiro contato de relação de identificação pai-mãe, irmão, socialização com o meio, com pessoas, coisas etc.
Cabe a família não delegar o direito de educar suas proles a terceiros, infelizmente tem quem acredita que as escolas alem formalizar o desenvolvimento de aprendizagem da criança, também deve está pronta para assumir o papel da família, ironicamente, está muito ocupada com acorreria e conseguintemente o estresse do mundo moderno, – ‘Se pago, cabe a escola cuidar bem do meu filho: – ‘Se não pago, cabe o Estado arcar com a responsabilidade’, Infelizmente no primeiro caso, o educador assumiu vário papeis como forma de amenizar a ausência da família, o descaso e desinteresse acabam gerando conflitos nas relações interpessoais dentro do contexto escolar.
Quando a criança é abandonada em muitos casos, ela é acolhida pela uma nova família, que tem como pai o naco trafico e como mãe a prostituição, resultando em abuso sexual, aumento de crianças nos sinais de trânsito, mendigando ou vendendo, crianças gerando criança, aumento da população carcerária em função da violência urbana.
É lamentável, principalmente quando somos capazes de refletir, que os adultos envolvidos em crimes desde assaltos a mão armada até crimes bárbaros de grande repercussão na mídia foram às crianças de ontem, a falta de amparo e acolhimento dentro do contexto familiar, fere qualquer direito garantido por lei, citado pela ECA, mais especifico o artigo quinto garantindo: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e a opressão, punido pela forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.

Lubia Mariana Martins Rodrigues
Assistente social
Universidade Federal do Pará